Das páginas para as telonas

on sábado, 11 de junho de 2011
Oi galera, tudo bem?
Ano passado eu era colunista lá no site da Pam, o Garotait. Então ela pediu para que eu e mais três garotos, desenvolvêssemos um texto sobre adaptações cinematográficas de livros que já lemos/vimos. Durante uma semana, cada garoto fez o seu texto. Então achei legal repostar aqui, para vocês que acompanham o blog assíduamente.

É tão complicado quando pensamos em adaptações de livros para o cinema. Primeiro, porque você está ansioso para ver o filme e segundo é se ele vai atender todas as suas expectativas. Eu tenho um olhar um pouco diferente de outras pessoas sobre o assunto, é claro que gosto de ver um filme daquele livro que eu li e amei, e não quero me decepcionar com ele. Mas temos que lembrar, que é por isso mesmo que se chama “ADAPTAÇÃO”. Adaptar é moldar e esboçar para uma linguagem diferente o que o livro quis passar, não é sempre que os diretores conseguem colocar todas as coisas em um filme, principalmente se o livro é em primeira pessoa, pois o(a) personagem tem um olhar muito focado em determinados aspectos, e em um filme é necessário que o público acompanhe as histórias paralelas, para que no fim se juntem e se transforme em uma obra completa (ou não!).

Os pontos positivos de se ter um livro adaptado para o cinema, é o maior reconhecimento da obra e apopularização da mesma. É ter investimento de grandes estúdios em histórias que nos emocionam, nos fazem rir e se divertir. Os pontos negativos são com certeza a super exploração do tema (vide Saga Crepúsculo, que eu adoro), que deixa os leitores mais antigos com certa raiva de novos fãs que acham que conhecem melhor a história e os aspectos por trás do autor. E o descaso de estúdios com alguns filmes que poderiam render mais sucesso e bilheteria.
Até hoje não vi uma adaptação tão completa e perfeita como os filmes da saga “O Senhor dos Anéis”. É impossível achar diferenças entre o livro e o filme, pois o diretor Peter Jackson, conseguiu recriar o universo que J.R.R. Tolkien idealizou em seu romance épico. Cenas de batalhas, perseguição e muito suspense, com um enredo atualizado e mais dinâmico. É impossível perceber as 3 horas de cada filme, com uma narrativa onde hobbits, trolls, anões e orcs dão ritmo a mágica história, e você não consegue desgrudar os olhos da tela até que os créditos comecem a subir.

Continuando com melhores adaptações seguem “As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa” onde o melhor amigo de J.R.R. Tolkien, C. S Lewis, cria um mundo fantástico onde a chave de tudo é um guarda-roupa. E não esquecendo a saga que movimenta milhões em Livros, Filmes, Trilha Sonora, Binquedos e Jogos. Harry Potter, que para a minha pessoa é bom até o filme “O Prisioneiro de Azakaban”.

Pior filme adaptado em minha opinião é “Harry Potter e a ordem da Fênix”, um livro primoroso, rico em detalhes e com uma narrativa tão ágil de deixar os cabelos em pé, mas que na sua versão para o cinema se perde totalmente, deixando o filme a desejar com grandes buracos e arcos mal fechados. Onde está o primeiro capítulo do livro, onde Harry está deitado no jardim seco, com a grama alta e ouve o jornal sobre os estranhos acontecimentos que ele pensa ser Lorde Voldemort? O Filme já abre em uma cena não existente onde Harry está sentado em um balanço num parquinho, e o vento forma um barulho estranho, o céu está parecendo que vai chover, até que Duda e seus amigos chegam para importunar o garoto. Onde estão as cenas que se passam no Hospital St. Mungus? Onde está o espelho comunicador dado a Harry por Sirius? Seguido pelas terríveis adaptações de “A Última Música” que chega a ser broxante comparada ao livro, e “Crepúsculo” que não preciso nem comentar o quanto foi pobre a adaptação. Mas tenho que confessar que me sinpatizo pelos dois últimos citados!

Um livro que me interessou quando soube que viraria filme foi “Garota Infernal”, não é um primor do terror, muito menos do suspense, na verdade é mais um filme/livro adolescente, mas que um foi fiel (eu esqueço que o livro é baseado no roteiro escrito por Diablo Cody) e o resultado final não é ruim.
No fim, sempre vão existir os que preferem os livros e os que preferem os filmes. Temos que lembrar que cada pessoa tem uma personalidade diferente, e que o gosto sempre vai pender para o livro ou filme, isso é uma escolha de cada um. O importante é que você goste da história e se divirta, pois o propósito tanto do livro quando do filme é entreter.